Feito por Rino Stefano Tagliaferro, o curta “Beauty” (‘Beleza’) usa uma técnica de distorção, para conferir vida e movimento a pinturas clássicas conhecidas.
A animação traz uma imersão em obras de arte; que é parte exploração da beleza – num mergulho em paisagens amplas e fantásticas -, e, em parte, uma assustadora reflexão sobre contraponto de tudo que é bonito e vivo – quando o filme mergulha em pinturas agressivas e violentas; é como ver de perto o desenrolar de um pesadelo.
Na simplicidade de sua ausência de roteiro ou falas, “Beauty” funciona como uma grande viagem em um período da história da arte e como uma reflexão sobre a arte como um modo de criar imagens idealizadas e paradisíacas e como forma de expurgar o que há de horrível no mundo.
PORQUE A BELEZA IMPORTA?
SCRUTON, Roger. Beleza. São Paulo. Ed. Realizações, 2013
Numa obra instigante, Roger Scruton nos convida a refletir a respeito da beleza e do lugar que esta ocupa em nossas vidas. Como deixa bem claro, sua abordagem não é histórica nem psicológica: é filosófica. Assim, nos conduz por questionamentos como: a beleza é subjetiva? Existem critérios válidos para julgar uma obra de arte? Há algum fundamento racional para o gosto? Qual a relação entre tradição, técnica e gosto? Pode o belo ser imoral?
Frente àqueles que consideram que juízos de beleza são meramente subjetivos, Scruton, com sua verve polêmica, questiona tal relativismo: "por que estudarmos a herança de nossa arte e cultura numa época em que o julgamento de sua beleza não possui nenhum fundamento racional?".
E com sua contundência característica, declara: "Neste livro, [...] defendo que [a beleza] é um valor real e universal ancorado em nossa natureza racional [e que] o senso do belo desempenha papel indispensável na formação do nosso mundo".
Concorde-se ou não com o autor, o fato é que não se pode passar com indiferença por seus argumentos. Se a intenção era fazer o leitor refletir a respeito do assunto, certamente os objetivos se cumpriram.
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